Ola a todos os intressados
Algumas notas sobre o assunto:
Classificação API para motores Diesel
CC: Para motores Diesel em regime normal de funcionamento (pouco severo). Os lubrificantes com a especificação CC têm uma grande capacidade detergente e dispersante, garantindo uma boa protecção contra o desgaste e contra a corrosão.
CD: Para motores Diesel operando em condições severas, elevada velocidade e sujeitos a uma elevada pressão devido ao turbo-compressor. Os lubrificantes com a especificação CD são muito detergentes e dispersantes e conferem uma boa protecção anti-desgaste e anti-corrosão.
CE: Para motores Diesel turbo-comprimidos funcionando em regime severo e fabricados a partir de 1983. Para utilização em motores de elevada potência, trabalhando a elevada velocidade. Os lubrificantes CE podem substituir os CD em todos os motores. Os lubrificantes que cumprem esta norma são mais eficientes no que diz respeito a economia de combustível e limitação de depósitos, desgaste e de aumento de densidade.
CF: Significa o mesmo que a especificação CE com a vantagem de incluir o teste de micro-oxidação. Reforça a protecção dos pistões e anéis dos pistões.
CG: Para motores Diesel operando sob condições severas. Os lubrificantes com a especificação CG evitam os depósitos nos pistões, desgaste, corrosão, aparecimento de espuma, oxidação e acumulação de fuligem a altas temperaturas. Estes lubrificantes respondem às necessidades dos motores fabricados de acordo com a norma de emissões de 1994.
CH: Para motores Diesel adaptados à norma de 1998 sobre emissões poluentes. Estes lubrificantes foram desenvolvidos para garantir a durabilidade dos motores trabalhando sob as condições mais severas. Permitem maiores intervalos de manutenção.

Esclarecimentos sobre VISCOSIDADE (oleos)
As camadas moleculares em contacto com as superfícies metálicas resistem ao movimento devido às forças de coesão que ligam as moléculas do lubrificante umas às outras. Entretanto, nas camadas moleculares intermédias, só existem forças de coesão.
Assim, o filme lubrificante flui com as suas camadas moleculares desfasadas – a camada mais veloz é a mais próxima da superfície que se movimenta, seguem-se as camadas intermédias e, por último, a camada mais próxima da superfície que se mantém estática. A este fenómeno chama-se cisalhamento. A viscosidade depende do atrito lubrificante que exprime, em termos físicos, o balanço entre as referidas forças de adesão e forças de coesão.
A enorme importância da viscosidade advém desta influenciar aspectos vitais do funcionamento e vida dos mecanismos: o rendimento mecânico, o desgaste, a produção e a dissipação de calor, a resistência às cargas e o débito do lubrificante. É comum ouvirem-se alguns práticos exprimirem, com veemência, a sua preferência pelos lubrificantes “grossos” (muito viscosos). Este preconceito advém, julgamos, da sensação de maior segurança em que não ocorra contacto metal-metal devido a uma maior espessura da película lubrificante pela sua maior resistência ao esmagamento quando as cargas são aplicadas. Trata-se de uma visão parcial porque é limitada a um dos requisitos exigidos ao lubrificante (resistência às cargas), esquecendo-se os efeitos da viscosidade sobre os demais.
A grandeza da viscosidade influencia, contraditoriamente, vários aspectos da lubrificação. Quanto mais alta for a viscosidade, maior satisfação se obtém na resistência às cargas aplicadas e na compensação das folgas entre as peças. Quanto mais baixa for a viscosidade, mais facilmente se atingem altas velocidades e mais rapidamente se dissipa o calor e se evacuam as impurezas. A escolha da viscosidade constitui, pois, um verdadeiro dilema. O “ideal” seria a maximização dos factores afectados positivamente quer pelas viscosidades altas quer pelas baixas. Mas, já vimos que elas são, insanavelmente, contraditórias nos seus efeitos.
Torna-se necessário, para cada equipamento e em função dos seus regimes de serviço, fazer o compromisso mais ajustado através do estudo criterioso das importâncias relativas em termos de ganhos e perdas dos dois efeitos contraditórios. Recomenda-se o seguinte critério orientador: Escolher a viscosidade mais baixa que garanta a resistência à carga máxima sob o regime em menor velocidade.
A viscosidade costuma ser medida e apresentada como viscosidade dinâmica ou como viscosidade cinemática. Para qualquer uma destas viscosidades é sempre referida a temperatura em que foi feita a sua medição. A viscosidade dinâmica, expressa normalmente em unidades centiPoise (cP), representa a resistência ao cisalhamento de um fluído quando este é sujeito – sob certas condições – a um movimento esforçado. A viscosidade cinemática, expressa normalmente em unidades centiStoke (cSt), é obtida pela medição do tempo de escoamento, por gravidade, ao longo de um tubo capilar. Esta medida de viscosidade é a mais comummente utilizada (devido à facilidade e rapidez com que é determinável) e é, normalmente, apresentada pelos valores encontrados a 40ºC ou a 100ºC. Existe uma correspondência entre viscosidade dinâmica e cinemática: a viscosidade dinâmica é igual à viscosidade cinemática multiplicada pela densidade do fluído.
Que eu saiba nada mais interessa senão isto agora cada um escolhe com base naquilo que acredita.
Tudo o que sempre quis saber sobre lubrificantes
Leitura interessante
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