Bom... e correndo o risco de escrever uma grande babuzeira (mas afinal... para que servem os foruns se não para debater ideias) cá vai:
a) essa ideia de andar com os cubos em lock sem ter a caixa de transferências engrenada a esse diferencial parece-me que gera um esforço no sentido inverso ao desejado. Julgo que o diferencial tenha um sentido de rotação "preferencial". Ao andarmos com as rodas a fazer girar o diferencial este vai girar, apesar de no mesmo sentido, com uma força contrária à desejada (que seria a caixa a fazer girar o diferencial e não as rodas). Este facto, creio que terá uma influencia (grave?) na movimentação dos satélites em situação de descompensação - curva, por exemplo. Este facto vai, julgo, criar tensões que o diferencial não consegue "absorver" através do funcionamento dos satélites.
b) essa brincadeira de ligar o bloqueio de diferencial com o diferencial em andamento tem de acabar, Pedrowolf, diz lá aos teus amigos.

Não é, com toda a certeza, saudável para o qualquer tipo de bloqueio que uses.
c) é claro que no monte os diferenciais sofrem muito mais do que a rolar em pleno. Em principal nos momentos de maior binário (arranques, bloqueios bruscos, etc...) e em momentos de aquecimento (quando temos o motor a debitar o power todo e há uma put@ duma roda que está no ar). Nesta última situação, os satélites têm de absorver toda a força do motor e como são as peças mais pequenas do diferencial... aquecem muito. Mas amigos, só não parte diferenciais quem não vai para o monte - é lá que eles se partem.
d) ainda acerca de partir diferenciais, julgo que a ideia de colocar bloqueios à frente deva ser muito bem ponderada. Normalmente andamos para a frente e é muito mais comum uma roda da frente se levantar do chão do que uma roda de trás. Se tivermos um bloqueio a 100% no eixo da frente, num momento de aceleração brusca se uma roda sai do ar (a subir e a gás, por exemplo), quando toca novamente no chão o binário do motor + o balanço (energia cinética) que a roda adquiriu no ar não é absorvido em lado nenhum (não há, sequer, folgas) e o coitado do semi-eixo (ou homocinética) vai-se!
Bom... para concluir, nada como bloqueios 100% à frente (apesar dos cuidados que se têm de ter) autoblocantes atrás (para andar - nunca tirar o pé do acelerador porque senão o bloqueio nunca é eficaz). Se um tipo tiver o jipe só para manobras calmas e lentas - bloqueios 100% ARB atrás e à frente.

Julgo. Mas adorava ouvir mais opiniões - grande tópico que está aqui. Sim senhor.
Abraços
Bruno
PS - aproveito para referir a extrema importância de usar lubrificantes adequados (atenção ao LSD para os autoblocantes) e em condições - nomeadamente sem água (que entra pelos respiradores) à mistura.