Os automobilistas portugueses podem contar com a chamada carta por pontos, até final de 2008.
A ideia da Carta por Pontos é contrariar a, ainda elevada, taxa de sinistralidade rodoviária no nosso pais, pretendendo o Governo adoptar um sistema semelhante ao que vigora desde 2006 em Espanha e há vários anos em França.
A cada condutor são atribuídos 12 pontos iniciais, aos quais serão subtraídos valores de acordo com o número e gravidade das infracções que cometerem.
Conduzir sob o efeito do álcool pode valer a perda de seis pontos, falar
ao telemóvel durante a condução custará três pontos, atirar uma ponta de cigarro pela janela poderá significar a subtracção de quatro pontos.
Ao chegar a zero pontos, o automobilista perde automaticamente a carta de condução por um período mínimo de seis meses. No limite, o condutor, experiente ou não, terá que voltar á aprendizagem para obter nova carta.
Na opinião de Manuel João Ramos, da Associação de Cidadãos Automobilizados, a introdução do sistema de carta por pontos, apesar de genericamente positiva, tem contra-indicações.
O presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, manifesta-se favorável ao sistema, à semelhança do presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso.
Neste Destaque do Meio-Dia, o correspondente da Renascença em Madrid, Manuel pereira Ramos, faz o balanço de um ano de aplicação dos sistema em Espanha, onde a redução do número de vítimas chegou a atingir os 30%.
Partindo do principio que a carta tem 12 pontos.
Exemplo:
» Excesso velocidade perde 6 pontos,
» Conduzir ao telémóvel perde 3 pontos,
» Condução sob excesso álcool perde 6 pontos.
Se perde os 12 pontos iniciais, fica 6 meses sem carta e depois terá que fazer novo exame na escola de condução por um preço que ronda os 320 euros.
Nota; Mas se for apanhado a mais de 190km/h poderá ficar 2 anos sem poder fazer exame.